Thursday 1 March 2012

Pobres Crianças

O Brasil está perdido em termos de nomes. Enquanto a classe média-alta refugia-se em apóstolos, santos e nome bíblicos em geral, e os nomes por assim dizer “criativos” vão para as minorias étnicas, o povão se dá direito a tudo. Uma das tendências: trocar as tradicionais letras do alfabeto português por exóticas e/ou mudas: CHRISTYNA, MARKINHOS e outras atrocidades. Mas a tendência que mais me chocou: traduzir foneticamente nomes da língua inglesa. Tive que nadar 2 meses em Porto Alegre, e ainda assim voltar para a Europa, para atinar que meu treinador DIONE (aquele velho nome feminimo, meio cafonão) na verdade era “Johnny”.
Uma amiga gaúcha professora visitou-me no mês passado. Contou-me que em sua lista de chamada há DIENIFER, DIEIMIS, DIEISON, e até um VALDISNEI (esse não só eu levo horas para atinar que na verdade é “Walt Disney”). Fomos ao Facebook, eis que já existe um feminino: VALDISNÉIA!!!

3 comments:

  1. Guilherme
    O filho de um conhecido meu chama-se Rian. Acho que ele copiou do nome americano Ryan. Ele pronuncia o nome do menino assim: ri-an. Parece o *rien* francês. Uma das minhas empregadas chamou a filha de Vitangela!

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  2. “Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta”. É preciso levar em conta o desejo das pessoas. Houve um tempo que o bacana era batizar filho de Ubirajara, Iracema, Aracy, Darcy...Mechthilde, Umbeline, Willheim Friedrich...Carlos Alberto, Carlos Eduardo, Roberto Carlos, Maria Claudia, Ana Beatriz.... Hoje é Djessica, Dienifer, Sheron. São formas de individualização.

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  3. Tenho MUITA saudade dos "indígenas"!
    Amigos seguem contribuindo: DAIANE, DEIVIS, MAICOSSUEL(?!).

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