Costumo exercitar minha crueldade quando fotografo algo de que discordo. Principalmente em termos de arquitetura, que afinal é minha especialidade.
Em Roterdã, nada mais fácil. Sequer preciso fazer esforço: todos os ângulos só mostram o desastre urbano em seu mais alto grau. A cidade na verdade não foi destruída pelos alemães no início da 2ª Grande Guerra, e sim pelos próprios arquitetos holandeses em sua reconstrução. Cada um chegou aqui com uma idéia “melhor” do que a outra, o que havia de mais moderno em tendências, e o resultado é uma das piores cidades do planeta.
Não estou falando na catástrofe mais comum e óbvia, que são as metrópoles dos países pobres, mas de algo bem mais sutil: a falta de coerência na política de ocupação do solo, um planejamento urbano desnecessariamente comprometido com a especulação, um fracasso total no estabelecimento de diretrizes para o crescimento da cidade.
Basicamente, em Roterdã a gente simplesmente se sente mal, sem saber dizer por quê. Ao se andar pela cidade, tentando diagnosticar o que houve, não se encontram marcos históricos; tudo grita por atenção; nada oferece consolo ao citadino. Tudo isso dentro de uma certa opulência - fruto do bem-estar social do país -, de uma certa organização, oferecendo uma qualidade de vida da qual não se pode reclamar.
Menos mal que não foi Amsterdam que elegeram para estragar...
Em Roterdã, nada mais fácil. Sequer preciso fazer esforço: todos os ângulos só mostram o desastre urbano em seu mais alto grau. A cidade na verdade não foi destruída pelos alemães no início da 2ª Grande Guerra, e sim pelos próprios arquitetos holandeses em sua reconstrução. Cada um chegou aqui com uma idéia “melhor” do que a outra, o que havia de mais moderno em tendências, e o resultado é uma das piores cidades do planeta.
Não estou falando na catástrofe mais comum e óbvia, que são as metrópoles dos países pobres, mas de algo bem mais sutil: a falta de coerência na política de ocupação do solo, um planejamento urbano desnecessariamente comprometido com a especulação, um fracasso total no estabelecimento de diretrizes para o crescimento da cidade.
Basicamente, em Roterdã a gente simplesmente se sente mal, sem saber dizer por quê. Ao se andar pela cidade, tentando diagnosticar o que houve, não se encontram marcos históricos; tudo grita por atenção; nada oferece consolo ao citadino. Tudo isso dentro de uma certa opulência - fruto do bem-estar social do país -, de uma certa organização, oferecendo uma qualidade de vida da qual não se pode reclamar.
Menos mal que não foi Amsterdam que elegeram para estragar...
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