Tuesday 3 November 2009

O FLAUTISTA DE HAMELIN




Nos longos trajetos de estradas, sempre damos paradas em alguma cidadezinha desconhecida do caminho, uma ótima maneira de se conhecer lugares novos, eventualmente tendo-se alguma surpresa.
Já com quilômetros de antecedência, Damian propagandeava esta parada, tentando me fazer lembrar de uma historinha infantil, que absolutamente não parecia constar de meus bancos de memória. Ainda precisei de uma meia-hora em Hameln, sendo bombardeado por imagens, para dar-me conta...
A fábula
Nos idos de 1300, a cidade encontrava-se infestada por ratos. O prefeito promete uma generosa recompensa a quem conseguir resolver o problema. Aparece o flautista, que com sua música encanta os ratos para fora da cidade, afogando-os no rio. O prefeito acha que foi fácil demais, e não paga a recompensa. O flautista retorna para se vingar, só que desta vez encanta as criancinhas da cidade.
Terrível, não?!
O símbolo da cidade, presente em massa desde as centenas de souvenirs até as fachadas das construção, é ... ratinhos!
No palco de verão da praça principal, apresentam diariamente (entrada gratuita, é só sentar nos bancos), o musical “Rats”, título parodiando o renomado “Cats”.
Os guias turísticos que pontilham a rua, guiando grupos, vestem-se invariavelmente como “O Flautista”.

Imaginem alguém caminhando na rua, digamos só para efeito de imagem que é um homem, de seus 30 anos. Não que seja gordo, mas sua postura é péssima: ombros caídos, barriga pendendo, caminha arrastando os pés. Veste uma calça de bainha curta demais, amarrotada, com um cinto estrangulando muito acima da cintura; sandália aberta com meias marrons, uma delas com furo no dedão. A camisa é de um xadrez em tons mortos, abotoada errada, que deixa sobrar pano junto ao colarinho. Ele usa óculos grossos como fundo de garrafa, e tem os lábios entreabertos, com a baba quase caindo. Porta uma sacola de pano suja ao ombro e tem o olhar perdido, fixado no nada.
Hameln inteira estava invadida por pessoas assim, homens ou mulheres, de todas as idades.
Cheguei a pensar que houvesse um tipo de convenção, de “Encontro Nacional”.
Ou será que é simplesmente o look em voga?

2 comments:

  1. Guilherme
    eu não entendi bem, aquilo era um mendigo, um homeless ou um guia fantasiado de flautista ???

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  2. Troquei a imagem, aquela era muito confusa.

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